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Como lidar com o apego emocional dos pets

Como lidar com o apego emocional dos pets

Dependência emocional dos tutores pode tornar os animais destrutivos.

  • O que causa a dependência emocional do pet?
  • Como identificar que o pet está muito apegado?
  • Quais as consequências do apego emocional exagerado?

  • Quando um novo animal de estimação chega à sua casa, ele naturalmente irá se apegar a você.

    À medida que o tutor o trata bem, dá comida e água, brinca com o bichinho, leva-o para passear e fornece uma cama pet confortável, a retribuição do pet é amor, estabelecendo o dono como uma figura de apego. Quando tudo dá certo, essa relação serve para que ele se torne mais confiante, com vontade de explorar o mundo e estabelecer um vínculo afetivo saudável com outras pessoas e animais.

    No entanto, há o risco de o pet acabar criando um apego emocional exagerado, o que pode ser muito prejudicial para o seu bem-estar, além de ser incômodo para o dono.

    Entenda melhor no texto abaixo.

    O que causa a dependência emocional do pet?



    Primeiro, é importante entender quais são as atitudes que o tutor faz que acaba proporcionando a dependência emocional no bichinho de estimação.

    Em muitos casos, o dono nem mesmo sabe que determinado comportamento acaba influenciando seu companheiro a criar esse apego. Por exemplo, aplaudir e incentivar um comportamento dependente é algo que precisa ser evitado.

    Se o animal segue você pela casa, “chamando” para ir dormir à noite ou esperando sua companhia para comer, isso não é motivo para cumprimentá-lo.

    Essa atitude acaba reforçando ao animal que é isso que o tutor quer e que essa deve ser a maneira correta de interagir. Se o animal estiver agitado, tentando chamar a atenção do dono para evitar se separar dele, é importante não consolidar esse comportamento inseguro.

    Isso acontece por meio de atitudes como fazer carinho, abraçar, dar petiscos ou falar com uma vozinha para tentar acalmá-lo.

    Essas “recompensas”, que utilizam o chamado reforço positivo, acabam fazendo com que ele pense que o certo é sempre ficar agitado, uma vez que ele é recompensado por isso. Outro comportamento que reforça a dependência é a quebra de confiança com o animal em determinadas situações.

    Deixá-lo em um ambiente estranho durante uma viagem, colocar um novo animal de estimação em casa sem a devida adaptação ou receber uma bronca durante uma brincadeira são algumas das atitudes que criam isso.

    Como identificar que o pet está muito apegado?



    E como saber se o animal tem essa dependência? A identificação dessa situação é possível, já que o pet demonstra, por meio de algumas atitudes, que não está tudo certo.

    Um dos primeiros indícios da dependência são atitudes destrutivas, em que o animal derruba objetos, arranha móveis, vira as vasilhas de água e comida: tudo que deixa a casa uma verdadeira bagunça na ausência do tutor. Existem outros sinais que são percebidos durante o dia a dia.

    Por exemplo, se o animal fica sempre no colo do tutor ou seguindo ele o tempo todo, é sinal de que ele não consegue ficar longe do dono.

    Outro sintoma bem claro é se ele começa a latir, miar ou chorar quando o tutor está no banheiro ou no quarto com a porta fechada.

    Quais as consequências do apego emocional exagerado ao pet?



    Como várias outras dependências, esse apego exagerado dos pets também pode ser bastante prejudicial para eles.

    Sem o devido cuidado e adestramento, isso pode fazer com que ele desenvolva um quadro de ansiedade de separação.

    Isso faz com que o pet tenha um comportamento destrutivo dentro de casa, destrua objetos, faça muito barulho e sofra muito durante qualquer ausência — até mesmo deixando de se alimentar adequadamente.

    O que fazer para reverter esse quadro e impedir que ele aconteça?



    Nenhum tutor vai desejar que o seu companheiro sofra desse jeito, não é mesmo? Para evitar esse cenário, é importante estimular a autoconfiança e a independência do animal, incluindo algumas atitudes no seu dia a dia. Assim, na hora da alimentação, não fique pedindo para ele comer.

    Apenas sirva a comida e dê espaço, evitando até mesmo de elogiar que ele comeu toda a ração.

    Também é interessante evitar ficar vigiando o animal a todo momento, vendo quais são suas atitudes enquanto está fora da sua vista. Outra atitude que pode ser introduzida é elogiá-lo quando ele demonstrar comportamentos independentes e calmos.

    Por exemplo, quando o pet sai para descansar longe de você, quando brinca sozinho ou quando está calmo sem que você peça ele para fazer isso. A confiança também tem um papel-chave nesse objetivo.

    Ao passear com o animal de coleira, não deixe que outro se aproxime por trás dele.

    Evite dar broncas na frente de outros animais ou pessoas, procure sempre olhar nos olhos dele e não o coloque em situações para as quais ele não está preparado.

    Se for viajar, organize-se e não deixe ele com estranhos ou em locais em que ele ainda não está adaptado: faça essa adaptação gradualmente, para que ele se acostume com o novo ambiente.

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